segunda-feira, 17 de junho de 2013

  17 de junho 2013                                                             


                                     PAI NOSSO


Cristão: Pai Nosso que estás no céu...
Deus: Sim? Estou aqui...
Cristão: Por favor, não me interrompas, estou a rezar.
Deus: Mas tu chamaste-me!
Cristão: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou a rezar. Pai Nosso que estais no céu...
Deus: Ai, chamaste-me de novo.    
Cristão: Fiz o quê?
Deus: Chamaste-me. Tu disseste Pai Nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que posso ajudar-te?  
Cristão: Mas eu não quis dizer isso.É que estou a rezar assim. Rezo o Pai Nosso todos os dias, sinto-me bem a rezar assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo.
Deus: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são teus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se tu não sabes que o céu é a paz, que o céu é o amor a todos?
Cristão: É, realmente ainda não tinha pensado nisso.
Deus: Mas, continua a tua oração.
Cristão: Santificado seja o Vosso nome...
Deus: Espea aí! O que queres dizer com isso?
Cristão: Quero dizer... Quero dizer, é...sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
Deus: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.
Cristão: Agora entendi. Mas nunca tinha pensado no sentido dessa palavra,SANTIFICADO. Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
Deus: Estás a falar a sério?
Cristão: Claro! Porque não?
Deus: E o que fazes para que isso aconteça?
Cristão: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o SENHOR tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
Deus: Tenho controle sobre ti?
Cristão: Bem, eu frequento a igreja!
Deus: Não foi isso que EU perguntei. De que forma tratas os teus irmãos, de que forma gastas teu dinheiro, o tempo que Tu dás à televisão, às publicidades que Tu corres atrás, e que tempo dedicas a MIM?
Cristão: Por favor. Pára de criticar!
Deus: Desculpa. Pensei que Tu estavas a pedir para que fosse feita a minha vontade. Se isso acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade: o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
Cristão: Está certo, tens razão. Acho que nunca aeito a Tua vontade, pois reclamo de tudo: se mandas chuva, peço sol, se mandas sol, reclamo do calor, se mandas frio, continuo a reclamar, se estou doente, peço saúde, mas não trato dela, deixo de me alimentar, ou como muito. 
Deus: Ótimo reconhecer tudo isto. Vamos trabalar juntos, Eu e Tu, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. EU estou a gostar dessa tua nova atitude.
Cristão: Olha, SENHOR, preciso terminar agora. Esta oração está a demorar muito mais do que costuma ser. Vou continuar: o pão nosso de cada dia nos dai hoje...
Deus: Pára aí! Tu estás a pedir pão material? Não só de pão vive o Homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembra-te daqueles que nem conhecem pão. Podes pedir-me o que quiseres, desde que me vejas como um PAI amoroso. Eu estou interessado na próxima parte da Tua oração. Continua!
Cristão: Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido.
Deus: E o teu irmão desprezado?
Cristão: Estás a ver? Olha, SENHOR, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso de me vingar.
Deus: Mas, e a tua oração? O que dizer da tua oração? Tu me chamaste e Eu estou aqui, quero que saias daqui mudado, estou a gostar de tu seres honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de ti, não achas?
 Cristão: Acho que me sentiria melhor se me vingasse!
Deus: Não vais, não! Vais sentir-te pior. A vingança não é tão doce como parece. Pensa na tristeza que me causarias, pensa na tua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para ti. Basta tu quereres.
Cristão: Podes? Mas como?
Deus: Perdoa teu irmão. Eu também te perdoarei e te aliviarei.
Cristão: Mas SENHOR, eu não posso perdoá-lo.
Deus: Então também não me peças perdão!
Cristão: Mais uma vez estás certo! Mais do que querer vingar-me, quero a paz com o SENHOR. Está bem, está bem, eu perdoo todos, mas ajuda-me SENHOR.  Mostra-me o caminho certo para mim e para os meus inimigos.
Deus: Isto que Tu pedes é maravilhoso, estou feliz contigo. E Tu como te estás a sentir?
Cristão: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca me tinha sentido assim. É tão bom falar com DEUS.
Deus: Ainda não terminámos a oração. Continua...
Cristão: E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal...
Deus: Ótimo, vou fazer mesmo isso, mas não te ponhas em situações em que possas ser tentado.
Cristão: O que queres dizer com isso?
Deus: Deixa de andar  na companhia de pessoas que te levam a participar em coisas sujas, guerras, fofocas. Abandona a maldade, o ódio, isso tudo vai levar-te para o caminho errado. Não uses tudo isso como saída de emergência.
Cristão: Não estou a entender!
Deus: Claro que entendes! Tu já fizeste isso comigo várias vezes. Entras no erro, depois corres para pedir-me socorro.
Cristão: Como estou envergonhado!
Deus: Tu pedes-me ajuda, mas logo de seguida voltas a errar de novo, para mais uma vez vir fazer negócio comigo!
Cristão: Estou com muita vergonha, perdoa-me, SENHOR!
Deus: Claro que perdoo! Sempre perdoo a quem está disposto a perdoar também, mas não te esqueças, quando me chamares, lembra-te da nossa conversa, medita cada palavra que falei! Termina a tua oração.
Cristão: Terminar? Há sim, Amén.
Deus: O que quer dizer Amén?
Cristão: Não sei. É o final da oração.
Deus: Tu só deves dizer Amén quando aceitas dizer tudo o que EU quero, quando concordas com a minha vontade, quando segues os meus mandamentos, porque AMÉN, quer dizer, ASSIM SEJA, concordo com tudo o que rezei.
Cristão: Senhor, obrigado por me ensinares esta oração e obrigado por me fazers entendê-la.
Deus: EU amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, querem ser livres do pecado. Abençoo-te e fica com a minha paz!
Cristão: Obrigdo SENHOR! Estou muito feliz em saber que és meu AMIGO.






 

sexta-feira, 7 de junho de 2013



7 de junho de 2013
 

Caríssimas componentes (religiosos, institutos seculares e leigos) e todos os outros grupos da Família Dehoniana, vinculados a uma das componentes

 Saudações no Coração de Jesus

Este dia é extremamente significativo para todas as instituições que se deixam envolver pela espiritualidade do Coração de Jesus.

Nós, componentes e grupos que bebemos da espiritualidade do P. Dehon, ou seja, do Coração de Jesus, logicamente não podemos esquecer espiritualmente e com expressões exteriores este dia que é como que uma das fontes donde jorra a nossa espiritualidade.
 
Componentes

Os religiosos scj, a Companhia Missionária do Coração de Jesus e as Missionárias do Amor Misericordioso do Coração de Jesus (MAMCJ) constituem as compomentes da Família Dehoniana em Portugal.

Grupos de leigos

Os Familiares da Companhia Missionária do Coração de Jesus, os Colaboradores das Missionárias do Amor Misericordioso do Coração de Jesus, a Juventude Dehoniana (JD), a Associação dos Leigos Voluntários Dehonianos (ALVD), o grupo Evangelizar em Comunhão com Cristo e com a Ecclesia (ECCE), os grupos missionários, os Benfeitores, as Associações de Pais, os Antigos Religiosos, Antigos Seminaristas e os Seminaristas Dehonianos, formam os grupos de leigos dehonianos em Portugal.

Peregrinação Dehoniana a 2 de junho de 2013

 De uma forma mais organizada ou de uma forma só mais participada a nível individual, nunca deixando de representar a sua componente ou o seu grupo, os cerca de 2000 peregrinos dehonianos foram a expressão, foram a presença de praticamente todos estes grupos, que são referidos na Carta Constitutiva da Família Dehoniana em Portugal.

Se a peregrinação foi um momento agradável de oração, convívio e partilha, deve-o à participação entusiasta e ativa de todas as pessoas presentes, ou seja, de todos os grupos organizados ou informais a cantar ou a escutar.

 Agradecimento sincero e de coração

Em nome do Secretariado Nacional da Família Dehoniana que ficou encarregado de organizar a Tarde da Peregrinação e os materiais para a Peregrinação, agradecemos a todas as pessoas e grupos que colaboraram.

Agradecemos a todos os que motivaram a partir do palco. Agradecemos a todos os que participavam na assembleia.

Agradecemos a todos os que colaboravam nos bastidores

Agradecemos a todos os que apoiaram, mas não puderam estar presentes.

Agradecemos a todos os que criaram um ambiente de festa e de peregrinação.

Pedimos desculpa se não correspondemos àquilo que nos foi pedido.

E para terminar, anexamos a Carta do Superior Geral para a Família Dehoniana sobre a Reconciiação que pode servir para as nossas meditações e atividades dehonianas.

 O Coordenador da Família Dehoniana

P. Adérito Gomes Barbosa

Festa doCoração de Jesus

7 de junho de 2013

 

 

 

 

 

 

Roma, 31 de Maio de 2013

 


Caros irmãos e irmãs na Família Dehoniana,

Graça e paz no Coração de Cristo!

 
Por ocasião da Festa do Coração de Jesus queremos estar em comunhão com todos vós, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, leigos e leigas, para celebrar com ação de graças o amor incondicional de Jesus, nossa paz e reconciliação.

Escrevemos, como todos os anos, uma Carta à Família Dehoniana, para refletir sobre um tema importante da experiência de fé do Padre Dehon, a reconciliação. A Carta parte do n. 7 da nossa Regra de Vida: “O Padre Dehon espera que os seus religiosos sejam profetas do amor e servidores da reconciliação dos homens e do mundo em Cristo (cf 2 Cor 5, 18)”, e desenvolve uma reflexão aprofundada do Conselho Geral sobre o   texto de Paulo,  aí referido.  

Esta Carta pode servir para encontros de formação e retiros espirituais para leigos dehonianos, para pessoas consagradas e para religiosos, durante todo o ano. Na espiritualidade dehoniana o tema da reconciliação está intimamente ligado ao da reparação. Embora o termo reconciliação não apareça com muita frequência na Bíblia nem nos escritos de P. Dehon, a sua realidade está profundamente presente na experiência de fé do Fundador e nos relatos bíblicos de conversão, perdão e solidariedade, como na história de José do Egito, no retorno e acolhimento do Filho pródigo, na figura do Bom Samaritano, na atitude de Jesus na cruz ao pedir perdão para “aqueles que não sabem o que fazem” e ao garantir o paraíso ao crucificado arrependido.

Estas poucas passagens ajudam a entender o coração de Cristo. E, por coração, a Bíblia não entende uma parte da pessoa, mas a pessoa humana na sua integridade, interioridade e verdade. Mais que denotar afetividade, o coração é expressão da memória existencial, do pensamento e das decisões. Por isso é também o ponto de partida do relacionamento com o outro e da escuta de Deus.

Celebrar a festa do Coração de Jesus é celebrar Jesus que por nosso amor encarnou, deu a vida, e ressuscitou para nos reconciliar com Deus.  Na herança que o P. Dehon nos deixou, significa celebrar Jesus que me amou e se entregou a si mesmo por mim. O P. Dehon queria estar em profunda comunhão com o coração de Cristo para, em consequência, o amar e reparar como seu Pastor e Mestre.

 A fundação de um movimento de espiritualidade com religiosos e leigos teve por finalidade multiplicar e perpetuar o dinamismo deste amor reparador e reconciliador. Os seguidores do Padre Dehon, mais tarde, entenderam que o Fundador queria que fôssemos profetas do amor e servidores da reconciliação.

A reconciliação na Bíblia, como Paulo deixa claro, é sempre iniciativa de Deus. Porque nos ama e nos quer felizes na comunhão com Ele, tomou a iniciativa de enviar o seu Filho ao mundo quando ainda éramos pecadores. Paulo não nos deixa dúvidas: “Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo em Cristo”.

A Festa do Coração de Jesus é uma boa oportunidade para aceitar esse imenso dom do amor de Deus, em resposta ao apelo de Paulo: “Deixai-vos reconciliar por Deus”. Então, como Paulo, podemos também assumir a missão de “embaixadores da reconciliação”, operadores e servidores.

Como podemos fazer isso? 

-     A nível espiritual, ajudando as pessoas a se aproximarem de Deus, pela escuta da sua Palavra e pela celebração dos sacramentos, especialmente a penitência e a eucaristia, sacramentos de reconciliação.  

-     A nível familiar e comunitário, colaborando para que nossas famílias e nossas comunidades sejam escolas de reconciliação, de perdão e de comunhão.

-     A nível social, praticando a solidariedade com os que sofrem, com os pobres e os excluídos, assumindo iniciativas de reconciliação familiar, social e política, participando em ações que visem à transformação dos nossos ambientes sociais num mundo de justiça e de paz, e colaborando ativamente na preservação do ambiente e na salvaguarda da criação.

A leitura da Carta pode ajudar a aprofundar os diversos aspectos espirituais e sociais do nosso ministério de reconciliação.

Desejamos a todos uma Festa do Coração de Jesus motivada por uma profunda atitude de gratidão pela herança recebida do P. Dehon. Gratidão a Deus pelo crescimento da Família Dehoniana e por alguns eventos marcantes neste ano: A celebração do centenário da presença dehoniana nos Camarões, dos 75 anos da Província BRE e 120 anos da presença dehoniana no Brasil, 75 anos da chegada dos missionários italianos à Argentina, a celebração do Encontro de Jovens Dehonianos no Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, e a realização das Conferências Continentais na África, América do Norte e América Latina.  Gratidão especial a Deus pelo dom do Papa Francisco à sua Igreja e pelo Ano da Fé que estamos a celebrar.

Que a Festa seja também ocasião de súplica por todos os projetos de bem da família Dehoniana, para que continue a crescer no meio do Povo de Deus, em fidelidade ao carisma e ao serviço do Reino do Coração de Cristo.

 

Em comunhão,

 

P. José Ornelas Carvalho

Superior Geral