terça-feira, 30 de outubro de 2012


A história da cebola…
 
"Certo dia uma velha avarenta morreu e foi parar às portas do céu junto de São Pedro. Vendo a vida avarenta que a velha tinha levado, S. Pedro decidiu enviá-la para o inferno. Porém, o seu anjo da guarda intercedeu junto de São Pedro para que ela pudesse entrar no céu. Para tal, reviu toda a história da senhora e encontrou um momento de caridade naquela vida tão avarenta. De fato, certo dia a velhinha lá tinha dado a uma cebola a um pobre desgraçado que tinha passado por sua casa. Assim, o anjo foi falar com São Pedro, que propôs um desafio ao anjo: «Vais com a cebola ao inferno resgatar a senhora. Se ela conseguir sair de lá, vem para o céu. Caso contrário, ficará lá». Prontamente, o anjo partiu para o inferno.
Quando lá chegou, estendeu a cebola e disse insistentemente para a velha se agarrar a fim de que resgatada pelo anjo fosse para o céu.
Sucedeu, todavia, que as restantes almas que estavam no inferno ao verem a velha a ser içada pela cebola agarraram-se a ela. Tomada novamente pela avareza, a velha, temerosa de que a cebola se desfizesse-se e assim perdesse o seu lugar no céu, começou a pontapear e insultar aqueles que a ela se agarravam.
Diante do coração avarento da velha, a cebola desfez-se e a velha caiu novamente no inferno onde ficou, desperdiçando o esforço do seu anjo da guarda que a tentara salvar."
 

 

 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Olá Amigos

Depois de um mês em Angola, na casa dos padres dehonianos, uma experiência que esperamos tenha produzido bons frutos e termos ganho uma experiencia bastante grande. Chegamos a Lisboa depois de 7 horas de viagem. Os amigos e a família estavam à nossa espera, o que foi agradável.

Para todos, vai um grande abraço pelas vossas mensagens de apoio.

Fátima e Domingos

 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


 
 
 





Caríssimos amigos, irmãs e meus familiares
 

De volta ao ritmo de Timor Leste, já recuperada dessas diferenças climáticas e fuso horário e a cultivar a permanente motivação para continuar o percurso da missão, conjuntamente com a ir. Olívia e a ir. Lurdes, as aliadas e companheiras desta grande aventura que está longe de chegar à meta consumada. Apesar de alguma inação por falta de estruturas físicas e meios para iniciarmos um trabalho mais alicerçado num objetivo sonhado, já temos muitos passos dados.
A minha chegada a Maliana teve como primeira visita às Clarissas portuguesas de Monte Real que tinham chegado aqui no dia 13 de Setembro, uma visita coroada com um especial jantar na sua nova casa, transformado num mini-mosteiro. O jantar foi antecipado com a missa presidida pelo padre Hipólito, um jovem timorense que tem sempre uma atitude serena e contemplativa em tudo aquilo que partilha com as portuguesas. Em cada instante destes pequenos acontecimentos, sentimos que a unidade entre as pessoas é sempre uma grande vantagem, uma vantagem que nos faz ver que não estamos sós, neste mar de limitações e obstáculos que não cessam de nos bater à porta nas mais variadas maneiras.
E tudo se vai ajustando, até o desencaixotar dos muitos caixotes que eu própria tinha enviado de Portugal, porque afinal por 2,98 euros por cada 2kg de coisas, valeria a pena enviá-las para que, pelo menos o básico não nos falte, o que  me preocupa um pouco é que alguns que enviei em Agosto ainda não chegaram, mas irão chegar, tenho a certeza.
Fui revendo os lugares que rodeiam a residência a começar pelos vizinhos que se tornaram os nossos protetores e vigilantes quase noite e dia. A Amália, a bébé das fotos era uma recém-nascida em Junho, por pouco que nascia a caminho do hospital no jipe,  quando pelas 10 da noite transportámos a mãe. Seria o meu primeiro parto (pois também sou enfermeira), embora não tenha qualquer experiência desta assistência emergente naquela noite estava determinada a agir e relembrar essas noções que apreendi enquanto estudante de Enfermagem.
 Depois da visita a esta família, fomos percorrer a pé todo o território, agora transformado junto à ribeira fronteiriça.
A desilusão maior foi verificar o empasse da máquina do furo que se encontra no terreno da nossa futura residência desde agosto e agora quase a meados de Outubro continua sem grande evolução, porque,  segundo os técnicos, a broca fura e não sai porque encontra obstáculos nos 37 metros já furados. A máquina, cada dia sim, dia não, bloqueia e tem de ser arranjada e fica parada mais 24 horas. Enfim uma tensão que nos deixa quase desesperadas porque o tempo passa e de 2 em 2 dias acaba-se a água na rudimentar canalização da atual casa, onde habitamos. E  sem água, sem eletricidade durante muitas horas do dia como hoje, e em tantos empasses de espera, resta-nos esperar por aquele dia que irá acontecer e que vão cessar esses obstáculos básicos para que a coragem não falte.
Mas nem tudo é assim tão desolador. Temos o nosso Salão novo pronto a funcionar. Já iniciámos uma serie de atividades interessantes com o grupo de adolescentes a que demos o nome de “Grupo dos Pastorinhos de Fátima”. Todos os dias pelas 17,30  cerca de uma centena de crianças depois de terminar a escola vêm rezar o terço neste novo salão e bem se vê o entusiasmo deles por estarem num espaço físico novo sentados em cadeiras, que é outra oportunidade significativa, e ali rezam com o seu terço de plástico, objeto sagrado e amado por eles e que fazem questão de o trazer ao pescoço como se fosse um objeto da mais cara ourivesaria; sempre me impressionou isso.
A semana passada a ir. Olívia decidiu propor ao grupo dos Pastorinhos uma atividade de jardinagem, de casa cada um trouxe a sua flor e aqui as plantaram no espaço em redor do Salão, pelas fotos podem ter uma ideia de como foi interessante a reação deles.
Pensámos então em fazer o plano  de atividades para o grupo e na segunda-feira, ontem, a proposta foi fazer cada um, um desenho a exprimir o que gostam no grupo de Pastorinhos e assim desenvolver a sua imaginação. O curioso desta atividade que me surpreendeu imenso foi de fato a dificuldade que a maioria teve para esta aparente simples realização, depois de muito insistir cada um, a seu jeito e a medo, lá fez a obra-prima que agora está exposta no salão; alguns são realmente expressivos e até ternos.
 Não obstante estas pequenas centelhas da vida da missão, gostaria também de partilhar um pequeno episódio que me comoveu muito. Um dos nossos vizinhos anda a fazer a sua nova casa, aqui o espirito comunitário é um valor comum e bem definido entre a população, o problema mesmo é para além da falta de dinheiro e outras coisas básicas, não terem meios de transporte para acartar o material comprado para  a construção. Vieram-nos pedir para fazer esse frete em Maliana e lá fui eu, carregar o cimento, os ferros e outras coisas que de outra maneira não poderiam ser transportadas, para mim foi algo normal, sem grandes custos, sem qualquer dificuldade, mas quando cheguei ao lugar da construção o senhor, com tanta comoção, beijou-me as mãos a chorar agradecendo o favor, fiquei estupefata com tal atitude, já lá vão alguns dias e não me sai da cabeça tal gesto, embora já tenha ido de novo depois dessa vez buscar mais coisas para a dita construção pensei: “ao menos com este gesto de poder ter um carro posso ser útil a alguém e fazer a diferença em pequenos nadas para mim e que são tudo para os outros”.
O nosso dia termina sempre com um deslumbrante Pôr-do-sol que podemos ver descer em poucos minutos entre montanhas no horizonte que será nosso 24 sobre 24horas quando a nossa residência for habitada por nós.
E para os mais assustados/as e os mais corajosos/as apresento-vos finalmente um dos  residentes noturnos das paredes exteriores, a nossa pequena casa o Toky, de uma textura belíssima, este reptil sereno e original todas as noites afirma-se presente dizendo: “Tou aqui”, a medo lá o fotografei com o seu consentimento, desejo que o admirem.

E termino, um abraço e continuo a contar com o vosso apoio.

Tudo de bom para todos e todas vós.


Até breve.

 Ir Cristina

terça-feira, 9 de outubro de 2012


Visita ao Pe. Zezinho!

 

É meio-dia deste 5 de outubro de 2012, sexta-feira.

Eu, já sentada no ônibus da Pássaro Marrom, que me leva de volta a São Paulo, após a visita feita ao Pe. Zezinho, nesta manhã, procuro registrar nosso feliz encontro, para partilhar com os amigos. Não caibo em mim de alegria, por vê-lo feliz, bem disposto e cheio de esperança. Ele repousa “no seu costumeiro quarto”, junto ao Hospital Antoninho Marmo, das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, em São José dos Campos, muito bem cuidado pela sobrinha Débora e Irmã Mirian, acompanhado pela fonoaudióloga e alguns médicos. Estava mesmo fazendo exercícios com a fonoaudióloga, quando lá cheguei (hora marcada, às 10h30min). Ele me recebeu alegre, com um sorriso aberto: “Chegou ela!” Perguntaram-lhe: ela quem? Quem é essa?... Prontamente respondeu: “Essa é a Irmã Miria”. Lembrou meu nome, o que é excelente sinal de melhora. Fiquei ainda mais feliz por vê-lo se recuperando, melhor do que eu esperava, louvado seja Deus!

De Notbook nas mãos, treina e pronuncia as palavras, escreve e prepara seu novo livro “O púlpito que dói.” De que trata? – pergunto-lhe. Ao que responde: É sobre as reflexões homiléticas dos nossos padres, que devem tratar da Palavra de Deus, do Evangelho, sem se distanciar...”

Contou-me com detalhes como tudo aconteceu naquela quarta-feira de 19 de setembro, quando voltou de viagem cansado, mas ainda foi trabalhar e preparar uma entrevista. O que lhe agravou o problema é a diabetes, que exige cuidado e disciplina, coisas que aliás não lhe faltam. Grato a Deus e consolado, dizia: “ A isquemia afetou apenas o meu lado esquerdo do cérebro, o das palavras e da memória. O direito, que é o da arte, da criatividade e da música, está perfeito.”

Comparando sua situação de hoje com os dez primeiros dias, quando não lembrava mais de nada, ele se percebe ótimo, melhorando gradativamente... Um processo longo, recuperação lenta, mas acontecendo de modo muito satisfatório, graças ao seu otimismo, disciplina, hábitos saudáveis, notável paciência e incondicional colaboração. Percebe-se sensível melhora a cada dia! Por enquanto, até o final do ano, não poderá assumir shows, mas ficar longe, em repouso... Serão talvez ainda uns 2 meses de tratamento intenso, para recuperar a fala e a memória.  Às vezes as palavras demoram a ser lembradas ou lhe fogem; está reaprendendo a dizer  o nome das coisas, das pessoas, ora lembradas, ora esquecidas. “Aprender é comigo mesmo”, completa Pe. Zezinho, em sua humildade e simplicidade, sabedoria e confiança em Deus!
Quando lhe falei dos lugares por onde andei nessas duas últimas semanas, sobretudo Mozarlândia, no interior de Goiás, e Juazeiro do Norte, no Ceará, e de quanto o povo reza e pergunta por ele; de que o visitava em nome de todos os que lhe querem bem e cantam suas músicas, ele agradeceu sorrindo: “Sou grato a todos, pela amizade e pelas orações. Preciso, eu mesmo, reencontrar as palavras e despertar a memória que me fugiu. Mas se Deus quiser, com tantas preces, chegarei lá... Já estou melhorando bem.”

Ajudou-me a cantar “Deus é bom”, CD que lhe levei de presente. A foto que tiramos juntos foi com sua permissão: ele mesmo escolheu o melhor lugar, no jardim. Também registrei a presença de Irmã Mirian e a sobrinha Débora, que o acompanham de perto e cuidam de tudo com carinho.

Posso dizer que meu coração exultou de alegria ao vê-lo com brilho nos olhos e sorriso nos lábios, abrindo os braços para me acolher. No abraço que nos demos, eu tive presente cada amigo, todos os que lhe querem bem e rezam cantando suas canções, e que gostariam também de estar com ele naqueles privilegiados momentos. Partilho com vocês, povo de Deus, amigos nossos, do canto e da música, este encontro abençoado, para que também se alegrem, continuem rezando e confiando a Deus nosso cantor e poeta maior!

 Irmã Miria T.Kolling                                                                                              
São Paulo, 5 de outubro de 2012.

domingo, 7 de outubro de 2012


CASAL ALVD EM ANGOLA




 
Olá amigos.
Por cá tudo bem.
A Fátima continua com as aulas de costura.
 Agora na 2º semana já estão a fazer pequenos arranjos e a fazer moldes para fazerem saias e blusas. Eu e o padre Amândio vamos fazendo pequenas ou grandes reparações. Hoje foi o portão da entrada que precisa de uma argola para a noite colocarmos um cadeado para dar mais segurança. De tarde fomos a capela de Santo  André com o padre Vicente. Estavam la mamás que andam na costura e o padre também anunciou. No final cantaram um cântico de agradecimento, Coisa linda
Fátima e Domingos

segunda-feira, 1 de outubro de 2012





IR CRISTINA MACRINO

     NOVAMENTE EM MALIANA

 
Queridos amigos e família

Desejo que estejam  bem, agora já com um novo ano iniciado, cheio de trabalhos, responsabilidades, nestes tempos difíceis que se vivem e sentem.
Aproveito a minha viagem de Singapura para Díli para partilhar convosco o trajeto desde Lisboa  e também o meu sentimento de gratidão destes quase 3 meses em Portugal, meu país e minha Pátria!
   A viagem tem corrido bem graças a Deus! De Lisboa ao Dubai nada de inesperado, as condições de conforto da Emirates Airlines são uma maravilha, o pior mesmo foi ser um horário noturno e o sono  aperta imenso. Do Dubai a Singapura, tentei dormir quase todo o tempo. Mas bom mesmo foi na caminha do hotel, aí foi mesmo a sério  e dormi. Mas todos sempre em pleno cumprimento do horário, nem um só minuto de atraso em nenhum país! Já se vê o azul do céu deste lado do mundo e o sol bem quentinho que me espera!
Foi bastante difícil deixar Portugal, para vos dizer a verdade muito doloroso até, mas no entanto trago comigo os sorrisos, o apoio, o entusiasmo e a solidariedade de todos vós que expressaram neste tempo que estive em Portugal  e em tantos lugares por todo o país aonde estive e também aonde não consegui ir por falta de tempo.
Quero manifestar a minha profunda gratidão a todas as comunidades da minha Congregação que por diversas formas expressaram carinho e amizade pela missão  em Timor. Dedico um especial carinho às irmãs doentes que, com a sua limitação, me acarinharam e me acolheram com muita amizade. Na campanha pela Missão, gostaria de agradecer às paróquias de S. Martinho do Campo, S. Salvador do Campo e S. Mamede de Negrelos na pessoa do Pe. Miguel Coelho toda a solidariedade e generosidade. Nestas paróquias senti-me em casa, é sempre uma alegria enorme deslocar-me lá, porque aquela gente é verdadeiramente genuína e cheia de alegria e revelam uma grandeza enorme pelas causas humanitárias, nos 10 anos que lá vivi e servi pude constatar esta mesma realidade. Agradeço ao Grupo das Joaninas DANCE, todo o empenho e alegria em querer ajudar a missão na sua forma artística, obrigada Esmeralda por tudo, à Pautília vai também o meu muito obrigado pelas dádivas que vão fazer as delícias dos meninos e jovens de Memo – Maliana.
Um especial e carinhoso obrigada à empresa “ideias2003”, de Vilarinho na pessoa da Orquídea, proprietária da mesma, assim como o seu marido e família que tanto se tem empenhado no apoio à nossa missão, não tenho palavras suficientes, deles trago para Timor o gigante mapa mundo que tão generosamente nos ofertaram para colocar no futuro Centro Juvenil, que será sem dúvida uma marca para o conhecimento de muitos, agradeço a campanha feita aos funcionários, a vendas dos brindes e aquele entusiasmante sorriso de tudo fazer por valer a pena, nunca o esquecerei, obrigada Orquídea e família! Quero agradecer à ALVD, aos seus representantes e à professora Eveline de Almada,  que nos têm apoiado arduamente na recolha de livros para a nossa futura biblioteca da missão e livros escolares para os professores e alunos das escolas de Memo. Agradeço o transporte dos livros, os contactos nas bibliotecas na região da grande Lisboa e todo o esforço que os mesmos representantes fazem pela recolha contínua de mais livros e ofertas de enciclopédias que vão enriquecer a nossa biblioteca. Sem a ALVD  e a professora Eveline seria muito menos improvável esta já conseguida dádiva.
 Agradecemos à Porto Editora os dicionários doados e a promessa do seu apoio à missão, é uma alegria saber que este sentimento de solidariedade não passa indiferente em tantas pessoas e instituições.
O meu agradecimento vai também para a diocese de Viseu nas três paróquias do Pe. José António Almeida: Ínsua, Esmolfe e Trancoselos. A experiência muito interessante, a atenção e a generosidade daquela gente foi espantosa, e recordo muitos gestos e palavras que guardo no coração e com toda a beleza daquela região.
 Agradeço às queridas colegas e amigas Enfermeiras Graça Brás do IPO do Porto, enf. Fátima de Castelo Branco e Enf. Bernardete pelo interesse e ajuda. À enfermeira Graça que sempre me comoveu cada vez que me recebeu no IPO ou por contacto telefónico, quero dizer obrigada com a alma cheia de alegria por ela existir, tenho a certeza que sem alguém como ela, o mundo, a sociedade e a saúde em Portugal, seria muito mais pobre. Obrigada Graça, vales mais que o ouro perecível. Deus abençoa-te por todo o bem realizado. A enfermeira Fátima vai um abraço pelo entusiasmo e apoio e à querida e amiga Enfermeira Bernardete vai um saudoso abraço de gratidão também pelo seu apoio e generosidade.
Quero ainda agradecer à Farmácia Iriense – Fátima, na pessoa da Dra. Rosarinho também o empenho e afetuoso apoio por nós em Timor. Recebeu-me sempre com um interesse admirável, e o que fez e faz pela missão Deus vai recompensá-la, tenho a certeza.
À Sónia Repolho, uma jovem que se dedica com tanto ardor à pastoral, agradeço por tudo, e desejo que o festival das Sopas no próximo dia 13 de Outubro seja mesmo um sucesso. Deste lado, comerei em espírito a sopa por Timor e todos vós podeis participar e saborear as mesmas na Torrinha, Reguengo do Fetal.
Terminei a campanha pela missão no Bárrio – Alcobaça, minha paróquia natal, fui recebida de braços abertos na pessoa do pároco, Pe. Fialho e pela colaboradora da catequese a querida Madalena Sofia, foram de facto momentos únicos que me deixam muitas saudades da minha gente, os que me viram crescer e viver, obrigada a esta grande Terra! A vós jovens deste grupo do Bárrio, continuem assim animados e empenhados em criatividade e testemunhas de Cristo!
À minha Família que tanto amo, por vós choro de saudades, são a minha riqueza preciosa, e vós meus amigos, essa longa lista que me faz sentir sempre acompanhada apesar dos 20 000 kms de distância, preciso de vós e sem vós não irei resistir aos momentos escuros. Seremos uma força unidos e Timor naquele recanto de Loromoro será um novo sol nascente no sorriso de milhares de seres humanos.Entretanto cheguei a Díli e agora já em Memo – Maliana, cheguei num cansaço monumental em que o sono foi mesmo a sua marca forte, tenho dormido sem parar nestes 3 dias e vou recuperando pouco a pouco. Já revi todos os que aqui me aguardavam e realmente foi uma alegria sentir a sua alegria.
 Observo com este tempo seco, umas paisagens mais áridas, mas por outro lado uns acessos mais fáceis e menos perigosos porque não têm lamas e terras caídas, uma realidade com algumas diferenças mas o calor é intensamente tórrido.
 E despeço - me por hoje, para todos vai o meu abraço e já muitas saudades, na certeza porém de que estaremos unidos a viver por uma causa que vale realmente a pena.
Até muito em breve com mais novidades da missão!

 Ir Cristina Macrino


Timor, 1 de Outubro de 2012