Visita ao Pe. Zezinho!
É
meio-dia deste 5 de outubro de 2012, sexta-feira.
Eu,
já sentada no ônibus da Pássaro Marrom, que me leva de volta a São Paulo, após
a visita feita ao Pe. Zezinho, nesta manhã, procuro registrar nosso feliz
encontro, para partilhar com os amigos. Não caibo em mim de alegria, por vê-lo feliz,
bem disposto e cheio de esperança. Ele repousa “no seu costumeiro quarto”,
junto ao Hospital Antoninho Marmo, das Pequenas Missionárias de Maria
Imaculada, em São José dos Campos, muito bem cuidado pela sobrinha Débora e Irmã
Mirian, acompanhado pela fonoaudióloga e alguns médicos. Estava mesmo fazendo
exercícios com a fonoaudióloga, quando lá cheguei (hora marcada, às 10h30min).
Ele me recebeu alegre, com um sorriso aberto: “Chegou ela!” Perguntaram-lhe:
ela quem? Quem é essa?... Prontamente respondeu: “Essa é a Irmã Miria”. Lembrou
meu nome, o que é excelente sinal de melhora. Fiquei ainda mais feliz por vê-lo
se recuperando, melhor do que eu esperava, louvado seja Deus!
De
Notbook nas mãos, treina e pronuncia as palavras, escreve e prepara seu novo
livro “O púlpito que dói.” De que trata? – pergunto-lhe. Ao que responde: É
sobre as reflexões homiléticas dos nossos padres, que devem tratar da Palavra
de Deus, do Evangelho, sem se distanciar...”
Contou-me
com detalhes como tudo aconteceu naquela quarta-feira de 19 de setembro, quando
voltou de viagem cansado, mas ainda foi trabalhar e preparar uma entrevista. O
que lhe agravou o problema é a diabetes, que exige cuidado e disciplina, coisas
que aliás não lhe faltam. Grato a Deus e consolado, dizia: “ A isquemia afetou
apenas o meu lado esquerdo do cérebro, o das palavras e da memória. O direito,
que é o da arte, da criatividade e da música, está perfeito.”
Comparando
sua situação de hoje com os dez primeiros dias, quando não lembrava mais de
nada, ele se percebe ótimo, melhorando gradativamente... Um processo longo,
recuperação lenta, mas acontecendo de modo muito satisfatório, graças ao seu
otimismo, disciplina, hábitos saudáveis, notável paciência e incondicional
colaboração. Percebe-se sensível melhora a cada dia! Por enquanto, até o final
do ano, não poderá assumir shows, mas ficar longe, em repouso... Serão talvez
ainda uns 2 meses de tratamento intenso, para recuperar a fala e a memória. Às vezes as palavras demoram a ser lembradas
ou lhe fogem; está reaprendendo a dizer
o nome das coisas, das pessoas, ora lembradas, ora esquecidas. “Aprender
é comigo mesmo”, completa Pe. Zezinho, em sua humildade e simplicidade,
sabedoria e confiança em Deus!
Ajudou-me
a cantar “Deus é bom”, CD que lhe levei de presente. A foto que tiramos juntos
foi com sua permissão: ele mesmo escolheu o melhor lugar, no jardim. Também
registrei a presença de Irmã Mirian e a sobrinha Débora, que o acompanham de
perto e cuidam de tudo com carinho.
Posso
dizer que meu coração exultou de alegria ao vê-lo com brilho nos olhos e
sorriso nos lábios, abrindo os braços para me acolher. No abraço que nos demos,
eu tive presente cada amigo, todos os que lhe querem bem e rezam cantando suas
canções, e que gostariam também de estar com ele naqueles privilegiados
momentos. Partilho com vocês, povo de Deus, amigos nossos, do canto e da
música, este encontro abençoado, para que também se alegrem, continuem rezando
e confiando a Deus nosso cantor e poeta maior!
Irmã Miria T.Kolling
São
Paulo, 5 de outubro de 2012.
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