segunda-feira, 24 de outubro de 2011


As primeiras 24 horas…

No dia 20 de Outubro cheguei ao aeroporto de Lisboa às 14.00 horas, sabendo que o avião da LAM deveria levar pessoas dos dois voos, já que no dia 18 de Outubro tinham cancelado o voo para Maputo…
Depois de fazer o check in relativamente cedo e dirigir-me à sala de embarque, eis que dizem ao microfone que o voo está atrasado 6 horas…
As pessoas começam logo a telefonar aos familiares e amigos anunciando o atraso com uma certa admiração e resignação.
Assim foi esperar até perto da meia noite para partirmos num Boing à antiga.
A viagem embora cansativa, pois mói a pessoa, decorreu dentro da normalidade, aterrando em Maputo pelas 11 horas da manhã com uma temperatura de 24 graus.
Lá estava o P. Abel, padre moçambicano, para me levar a casa, onde me esperava o superior provincial, P. Carlos Lobo. A seguir ao almoço, lá consegui convencer o P. Abel para me acompanhar à Livraria Escolar.
Encontrei um livro espectacular, intitulado Ensaios sobre a filosofia africana. Educação e Cultura Política.
Começa assim o livro…
Há uma árvore com 250 anos, 42 metros de altura, chamada Mbaua, a 80 kms de Quelimane, na localidade de Umbauane, em Moçambique.
Esta árvore esteve para ser abatida por um madeireiro que dava 100 dólares americanos ao camponês.
A vida desta árvore foi salva por um cidadão moçambicano que ofereceu ao dono da árvore 100 dólares, como seu salário mensal, desde que não a vendesse e cuidasse dela como uma árvore selvagem.
E assim esta frondosa árvore continua a mostrar a sua imponência.
Depois de ler esta introdução, parti novamente para o aeroporto a fim de voar para Nampula.
Mais uma hora de atraso…
Lá deitei dois dedos de conversa com uma senhora que também ia para Nampula, onde vive com o seu marido há 20 anos. Trocamos umas palavras sobre os escritores moçambicanos: Mia Couto, Paula Ghizane…
Assim se passou o tempo até chegarmos a Nampula, com u avião de 108 lugares a tremer durante duas horas.
Mais uma improvisação…Não havia tapete rolante. Estava estragado.
Era preciso ir identificar a bagagem numa grande confusão de gente.
Valeu-me o P. Leonel da Consolata de quem já tinha ouvido falar quando viveu em Cuamba e que nos conhecemos ali naquela confusão.
Depois de ter recuperado a mala, lá cheguei aqui à paróquia de S. Pedro, confiada aos dehonianos.
E aqui estou.

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