Bom dia para todos vós!
Desta vez convido-vos a fazer uma pequena viagem comigo, com
a irmã Olívia, e as irmãs Clarissas de Monte Real, uma viagem natural a um
lugar impensável na nossa mente, pelo menos a nós, europeus!
No topo das aldeias encontrámos um grupo de crianças e uma
senhora com quem tentámos comunicar por gestos e tirámos umas fotos com eles,
que com um esboçado sorriso aceitaram o desafio fotogénico.
A senhora por sua vez, ficou de pé sobre o sopé da montanha quando se deslocava para a sua habitação e ficou a olhar-nos tempos sem fim, parecia surpreendida com as visitantes, disse-lhe que a montanha era bonita, apenas me fixou sem deixar cair o que levava na mão, o que sentiria e pensaria ela?!
Ao descermos de regresso, parámos no centro de Saburai,
estavam muito jovens que rapidamente se juntou muitos mais e outras pessoas
mais velhas, decidi subir a um planalto para ver as ruínas de uma capela, que
fora destruída, foram atrás de mim um grupo que dizia: “quer nova pra rezar”,
alguém sabia dizer aquelas palavras, uma adolescente que juntou as mãos para
expressar o sentimento da sua gente, comovi-me imenso com aquele apelo.
Este
povo de Saburai, não frequenta a Igreja por não ter lugar de culto, só alguns
percorrem horas a descer a montanha, para virem até aqui a Memo, a nossa aldeia
onde existe a capela da Estação Missionária e participarem nas celebrações do
Natal e Páscoa, de facto ficamos sem palavras com um pedido destes. Fiquei a
pensar nalguma possibilidade, e até vos convido a todos vós a pensarem comigo e
quem sabe a ajudarem nessa reconstrução para aquele povo. Apenas um telhado e
uma pintura mais forte, e reformular o interior com a dignidade que lhe é
inerente e já daríamos muito aquele povo. Nunca podemos esquecer que a Igreja
ou Capela é o lugar onde se coloca e reúne todos e tudo para a vida de todos.
Foi uma tarde encantadora, regressámos tocadas com tudo o que pudemos usufruir naquela realidade e com vontade de regressar. O que vos posso desde já adiantar é que eu e a irmã Olívia temos um projeto a concretizar naquelas montanhas e naquelas aldeias em parceria com o assistente religioso que nos convidou para esse mesmo projeto, a muito curto prazo.
Deixem-se encantar com estas imagens das montanhas, as nuvens que delas nascem e as habitações tão originais.
E não se distraiam, sejam felizes!
Até breve.
Com amizade, Cristina Macrino.
Com amizade, Cristina Macrino.
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